Artista Heloisa Crocco - Currículo do Artista
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Heloisa Crocco
Nascida em Porto Alegre, Heloisa Crocco formou-se em desenho pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, trabalhou em tapeçaria com
Elizabeth Rosenfeld, fez cursos de Criatividade I e II com Tom Hudson, do
Cardiff’s College of Art of London, Inglaterra, em 1974 e 1976, além do curso
de especialização em artes plásticas: Suportes Científicos e Práxis, na PUCRS,
em 1985. Lecionou Educação Artística na SEC/RS entre 1972 e 1979. Atua
desde então como designer em diversos segmentos como couro, cerâmica,
cartonagem, têxtil e moda.
Heloisa participou de várias exposições coletivas, salões e bienais na
Alemanha, Áustria, Hungria, EUA, França, México, Uruguai e Brasil. Viajou pelo
Brasil pesquisando sobre as fibras, suas transformações e aplicações,
principalmente em suas visitas à Floresta Amazônica e à Ilha do Sol, no Piauí.
De olhar cativante, abraço sincero, sinceras palavras e ideias: assim
é Heloisa Crocco, um marco entre o design e o artesanato no Brasil e exterior. De formação eclética, recebeu influência de nomes como o inglês Tom Hudson (Londres, Inglaterra, de 1974/76) e de tapeçaria com Zorávia Betiol e Elizabeth Rosenfeld (1971), esta última de grande influência na atual paixão de Heloisa pelo artesanato.
Sua viagem ao mundo profundo das ideias começou como ela mesma relata, aos 30 anos, em uma visita descompromissada à região amazônica com nada menos que Zanini Caldas (*), que catava restos do desmatamento já desenfreado para suas obras – leiam-se casas, mobiliário, arte. Explorar a região com suas estrondosas árvores (desde então já massacradas) e seus infinitos cheiros, cores e dádivas, abriram horizontes não antes imagináveis na mente fértil, aberta e serelepe desta designer. Um mundo descartado, "inútil”,
a ser desvendado. Aberta, assim transparece ser Heloisa Crocco. Jogou tudo fora o que coletou na floresta e se ateve a pequenos pedaços de madeira. Viu neles todo o mistério de seus anéis de crescimento, descobertos no corte de topo, as marcas de um verão que expande, de um inverno que encolhe, do dia a dia, feito um diário.
Desconstruiu os padrões, criou outros, tantos infinitos, e os aplicou feito carimbos. Brincou com eles à mercê de sua vontade, de sua curiosidade ingênua, infantil, primária. Primordial. Dali surgiu o que ela chama de "grafismos da natureza", mistura de trama, textura, cores, Lembra pintura corporal indígena. Traz as cores da terra. Isso tudo sem saber a que, aonde chegar.
O aonde chegar veio de uma visita ao ateliê de Laura Ashley- design inglesa, reconhecida internacionalmente pelos produtos de usos diário 1925/85- um mundo de infinitas possibilidades. Da floresta para sacolas, lençóis, louças, papelaria, tapetes, revestimentos e uma infinidade de produtos foi um pulo.
Mas a paixão pela madeira não para por ai. Do reaproveitamento do descarte das cercas que exportamos para as românticas casas americanas surgem painéis de inúmeras composições. Vem a seco, colorido, ou recebem tecidos do resíduo têxtil. Formam texturas inesperadas, misturas
inéditas, jogos ópticos de cor fascinante. Como uma colcha de retalhos – esta, materializada em exposição na França.
Mas nem "só" de topo morfoses vive o cérebro hiperativo de Heloisa Crocco. Sua vasta experiência in loco permitiu que desenvolvesse um trabalho voltado a comunidades. À frente do Laboratório Piracema de Design, busca a revitalização dos produtos regionais, mantendo nele e em seu processo toda a personalidade e características próprias. Uma nova visão, provocativa, aos artesões de pedra sabão de Minas, lãs, couro e fibras do Rio Grande do Sul, às quebradeiras de côco do Tocantins, das festas de São João, muitos desses em bela parceria com o SEBRAE que tem rendido bons frutos, para todos.
Acima de tudo, uma lição de vida e troca de saberes. Falar de Heloísa e de seu trabalho é bom, é esperançoso, nos faz crer que existe, sim, uma luz no final de túnel. Uma luz atemporal, forte, radiante, compromissada com o que o mundo tem de melhor a nos oferecer. E, se soubermos aproveitar, sempre teremos.
Elizabeth Rosenfeld, fez cursos de Criatividade I e II com Tom Hudson, do
Cardiff’s College of Art of London, Inglaterra, em 1974 e 1976, além do curso
de especialização em artes plásticas: Suportes Científicos e Práxis, na PUCRS,
em 1985. Lecionou Educação Artística na SEC/RS entre 1972 e 1979. Atua
desde então como designer em diversos segmentos como couro, cerâmica,
cartonagem, têxtil e moda.
Heloisa participou de várias exposições coletivas, salões e bienais na
Alemanha, Áustria, Hungria, EUA, França, México, Uruguai e Brasil. Viajou pelo
Brasil pesquisando sobre as fibras, suas transformações e aplicações,
principalmente em suas visitas à Floresta Amazônica e à Ilha do Sol, no Piauí.
De olhar cativante, abraço sincero, sinceras palavras e ideias: assim
é Heloisa Crocco, um marco entre o design e o artesanato no Brasil e exterior. De formação eclética, recebeu influência de nomes como o inglês Tom Hudson (Londres, Inglaterra, de 1974/76) e de tapeçaria com Zorávia Betiol e Elizabeth Rosenfeld (1971), esta última de grande influência na atual paixão de Heloisa pelo artesanato.
Sua viagem ao mundo profundo das ideias começou como ela mesma relata, aos 30 anos, em uma visita descompromissada à região amazônica com nada menos que Zanini Caldas (*), que catava restos do desmatamento já desenfreado para suas obras – leiam-se casas, mobiliário, arte. Explorar a região com suas estrondosas árvores (desde então já massacradas) e seus infinitos cheiros, cores e dádivas, abriram horizontes não antes imagináveis na mente fértil, aberta e serelepe desta designer. Um mundo descartado, "inútil”,
a ser desvendado. Aberta, assim transparece ser Heloisa Crocco. Jogou tudo fora o que coletou na floresta e se ateve a pequenos pedaços de madeira. Viu neles todo o mistério de seus anéis de crescimento, descobertos no corte de topo, as marcas de um verão que expande, de um inverno que encolhe, do dia a dia, feito um diário.
Desconstruiu os padrões, criou outros, tantos infinitos, e os aplicou feito carimbos. Brincou com eles à mercê de sua vontade, de sua curiosidade ingênua, infantil, primária. Primordial. Dali surgiu o que ela chama de "grafismos da natureza", mistura de trama, textura, cores, Lembra pintura corporal indígena. Traz as cores da terra. Isso tudo sem saber a que, aonde chegar.
O aonde chegar veio de uma visita ao ateliê de Laura Ashley- design inglesa, reconhecida internacionalmente pelos produtos de usos diário 1925/85- um mundo de infinitas possibilidades. Da floresta para sacolas, lençóis, louças, papelaria, tapetes, revestimentos e uma infinidade de produtos foi um pulo.
Mas a paixão pela madeira não para por ai. Do reaproveitamento do descarte das cercas que exportamos para as românticas casas americanas surgem painéis de inúmeras composições. Vem a seco, colorido, ou recebem tecidos do resíduo têxtil. Formam texturas inesperadas, misturas
inéditas, jogos ópticos de cor fascinante. Como uma colcha de retalhos – esta, materializada em exposição na França.
Mas nem "só" de topo morfoses vive o cérebro hiperativo de Heloisa Crocco. Sua vasta experiência in loco permitiu que desenvolvesse um trabalho voltado a comunidades. À frente do Laboratório Piracema de Design, busca a revitalização dos produtos regionais, mantendo nele e em seu processo toda a personalidade e características próprias. Uma nova visão, provocativa, aos artesões de pedra sabão de Minas, lãs, couro e fibras do Rio Grande do Sul, às quebradeiras de côco do Tocantins, das festas de São João, muitos desses em bela parceria com o SEBRAE que tem rendido bons frutos, para todos.
Acima de tudo, uma lição de vida e troca de saberes. Falar de Heloísa e de seu trabalho é bom, é esperançoso, nos faz crer que existe, sim, uma luz no final de túnel. Uma luz atemporal, forte, radiante, compromissada com o que o mundo tem de melhor a nos oferecer. E, se soubermos aproveitar, sempre teremos.