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Artista INIMÁ DE PAULA - Currículo do Artista

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INIMÁ DE PAULA

INIMÁ DE PAULA

 

Inimá José de Paula nasceu em Itanhomi, pequena cidade localizada no Vale do Aço, em Minas Gerais, em 07 de dezembro de 1918. Ainda adolescente, dedicou-se ao retoque de fotografias até que, em 1938, residindo em Juiz de Fora, começou a desenhar junto ao núcleo de Antônio Parreiras, chegando ao Rio de Janeiro em 1940, onde exerceu ofícios modestos que lhe garantiram a sobrevivência. Cursou o Liceu de Artes e ofícios e transferiu-se para Fortaleza, a fim de trabalhar em um estúdio fotográfico. Teve na capital cearense amizades com Antonio Bandeira, Aldemir Martins e Pierre Chalboz, onde fundaram o Grupo Cearense. Ao lado desses artistas, expôs pela primeira vez uma coletiva na Galeria Askanazi, no Rio de Janeiro. Tendo Portinari como padrinho, realizou sua primeira exposição individual logo depois, na mesma cidade. Sua pintura na época seguia uma linguagem impressionista e os temas preferidos eram naturezas-mortas e paisagens urbanas.

 

Em 1952, recebeu o Prêmio de Viagem ao Estrangeiro dado pelo Salão de Arte Moderna. Em Paris estudou com André Lothe e Gino Severine. Voltou ao Brasil em 1955 e suas telas passaram a apresentar paisagens urbanas, figuras compostas por planos, e que revelavam a influência do futurismo de Severini e do cubismo de Lhote. Conviveu com artistas como Santa Rosa, Antônio Bandeira, Aldemir Martins, Kaminagai, Portinari, Iberê Camargo, Takaoka, dentre outros, recolhendo sempre as melhores lições, sem abdicar de uma linguagem inconfundível. O seu estilo o consagrou como um dos mais autênticos e significativos intérpretes da sensibilidade tropical. Do impressionismo, passando pelo expressionismo e fauvismo brasileiro, bem como temas populares, pintou inúmeras favelas, paisagens urbanas e rurais de uma forma bela e marcante.

 

De índole lírica, era um artesão das cores, sendo considerado o nosso grande fauvista. Sua pintura, altamente elaborada e estruturada, com características bem definidas e pessoais, mostra, através de fartas e generosas pinceladas, paisagens de múltiplas tonalidades, encantando o espectador. Atualmente suas obras fazem parte do acervo de inúmeros museus brasileiros e conceituadas coleções em Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Fortaleza, Salvador, dentre outros – e também no exterior. Com uma formação autodidata, dotado de enorme obstinação, transformou-se em um dos principais expoentes da pintura produzida no país no pós-guerra, figurando entre os maiores paisagistas modernos, ao lado de Guignard e Pancetti.

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